Pau dos Ferros - No horário comercial, a ferramenta de trabalho é uma pistola. À noite, são os livros de anatomia na Faculdade Integrada de Patos (PB) que lhe prendem a atenção. Nos finais de semana e feriados, os livros e a pistola são colocados de lado e entram em ação pincéis, espátulas, tintas e telas.
Tem sido esta a rotina do soldado PM Rony Anderson Bezerra (30) nos últimos 17 anos, muito embora poucos saibam de seu talento. Ele se esconde, não por timidez, mas, segundo ele mesmo explica, por não ter tempo de produzir algo mais atraente e organizar uma exposição bem estruturada, com o glamour que a ocasião pede. "Um dia vou fazer", diz.
Rony ingressou na PM em 1997, mas antes já gostava de pintar. Na verdade, o gosto pelas telas começou a surgir quando ele tinha apenas 10 anos. "Eu via os quadros e não conseguia parar de pensar naquela imagem", diz o PM.
"Eu queria comprar, mas não tinha dinheiro. Aí ficava só olhando os quadros nas casas", continua o PM. O encantamento o conduziu a desenhar e pintar, tentar fazer o mesmo, só com o seu gosto, o seu sentimento, retratando paisagens, pessoas principalmente da região de Pau dos Ferros, no Alto Oeste Potiguar.
Os primeiros passos não foram fáceis. Faltava dinheiro para comprar telas, tintas e pincéis. E se tivesse, quais deveriam comprar? Quem lhe deu estas respostas foi a própria mãe, Maria Francisca Bessa, que havia feito um curso de pintura e lhe ensinou a escolher os pincéis, tintas e as telas.
Passou a ler revistas, livros, tudo que tratasse sobre pinturas. Entre as leituras, uma reportagem sobre o artista plástico paulista William de Assis Pinto, popularmente conhecido por Fricote, lhe influenciou profundamente. "Eu me identifiquei com ele, que prefere o abstrato, com cores fortes e expressivas. Gosta da liberdade de expressão para retratar o cotidiano", diz Rony.
Em reportagem de Camila Prati, Fricote disse que "o abstrato pode passar uma beleza de cores, movimentos, formas e uma infinidade de emoções como estranheza, mistério, força... Esta técnica nos permite mostrar figuras que aparecem de forma não-intencional e possibilitam muitas interpretações". "É exatamente isto que busco dizer com minhas telas", diz Rony.
E quanto ele diz "minhas telas", ele está falando sério. "No início, eu me incomodava com a crítica das pessoas, mas com o tempo, eu conclui que a obra era minha, era a minha expressão, era o que eu queria dizer. E foi a partir desta conclusão, que Rony passou a pintar paisagens da região, copiar fotografias de animais, estradas, barragens, tudo e qualquer que pudesse entender e transpor para uma tela em forma de sombras e cores.
"São telas maravilhosas, que encantam a todos", diz a comerciante Sandra Diógenes, mostrando a imagem de um bosque e de um cavalo, com traços que se aproximam do realismo. A imagem que para Rony não tem preço está na parede da casa de sua mãe. Chama-se "Meditação". É uma imagem de Jesus Cristo meditando. "Essa imagem eu fiz para minha mãe Maria Francisca Bessa e não vendo por dinheiro nenhum neste mundo", diz o artista.
Depois começou a cursar Biomedicina na Faculdade Integrada de Patos (PB). Há um ano e meio, Rony diz que ficou encantado com a beleza e a perfeição do corpo humano, inclusive, está pintando "O Coração", obra que pretende concluir nas próximas semanas, se os estudos não lhe tirarem muito tempo.
UM TALENTO ESCONDIDO
Rony já recebeu convites para expor seus trabalhos, mas diz que não teve tempo e dinheiro para fazer um "negócio bem arrumado". Na Polícia Militar poucos sabem de seu talento com o pincel. Na Polícia Civil, o delegado Inácio Rodrigues de Lima Neto não poupa elogios ao trabalho do policial. Na cidade, apenas seus vizinhos e familiares têm conhecimento de seu talento.
Tem sido esta a rotina do soldado PM Rony Anderson Bezerra (30) nos últimos 17 anos, muito embora poucos saibam de seu talento. Ele se esconde, não por timidez, mas, segundo ele mesmo explica, por não ter tempo de produzir algo mais atraente e organizar uma exposição bem estruturada, com o glamour que a ocasião pede. "Um dia vou fazer", diz.
Rony ingressou na PM em 1997, mas antes já gostava de pintar. Na verdade, o gosto pelas telas começou a surgir quando ele tinha apenas 10 anos. "Eu via os quadros e não conseguia parar de pensar naquela imagem", diz o PM.
"Eu queria comprar, mas não tinha dinheiro. Aí ficava só olhando os quadros nas casas", continua o PM. O encantamento o conduziu a desenhar e pintar, tentar fazer o mesmo, só com o seu gosto, o seu sentimento, retratando paisagens, pessoas principalmente da região de Pau dos Ferros, no Alto Oeste Potiguar.
Os primeiros passos não foram fáceis. Faltava dinheiro para comprar telas, tintas e pincéis. E se tivesse, quais deveriam comprar? Quem lhe deu estas respostas foi a própria mãe, Maria Francisca Bessa, que havia feito um curso de pintura e lhe ensinou a escolher os pincéis, tintas e as telas.
Passou a ler revistas, livros, tudo que tratasse sobre pinturas. Entre as leituras, uma reportagem sobre o artista plástico paulista William de Assis Pinto, popularmente conhecido por Fricote, lhe influenciou profundamente. "Eu me identifiquei com ele, que prefere o abstrato, com cores fortes e expressivas. Gosta da liberdade de expressão para retratar o cotidiano", diz Rony.
Em reportagem de Camila Prati, Fricote disse que "o abstrato pode passar uma beleza de cores, movimentos, formas e uma infinidade de emoções como estranheza, mistério, força... Esta técnica nos permite mostrar figuras que aparecem de forma não-intencional e possibilitam muitas interpretações". "É exatamente isto que busco dizer com minhas telas", diz Rony.
E quanto ele diz "minhas telas", ele está falando sério. "No início, eu me incomodava com a crítica das pessoas, mas com o tempo, eu conclui que a obra era minha, era a minha expressão, era o que eu queria dizer. E foi a partir desta conclusão, que Rony passou a pintar paisagens da região, copiar fotografias de animais, estradas, barragens, tudo e qualquer que pudesse entender e transpor para uma tela em forma de sombras e cores.
"São telas maravilhosas, que encantam a todos", diz a comerciante Sandra Diógenes, mostrando a imagem de um bosque e de um cavalo, com traços que se aproximam do realismo. A imagem que para Rony não tem preço está na parede da casa de sua mãe. Chama-se "Meditação". É uma imagem de Jesus Cristo meditando. "Essa imagem eu fiz para minha mãe Maria Francisca Bessa e não vendo por dinheiro nenhum neste mundo", diz o artista.
Depois começou a cursar Biomedicina na Faculdade Integrada de Patos (PB). Há um ano e meio, Rony diz que ficou encantado com a beleza e a perfeição do corpo humano, inclusive, está pintando "O Coração", obra que pretende concluir nas próximas semanas, se os estudos não lhe tirarem muito tempo.
UM TALENTO ESCONDIDO
Rony já recebeu convites para expor seus trabalhos, mas diz que não teve tempo e dinheiro para fazer um "negócio bem arrumado". Na Polícia Militar poucos sabem de seu talento com o pincel. Na Polícia Civil, o delegado Inácio Rodrigues de Lima Neto não poupa elogios ao trabalho do policial. Na cidade, apenas seus vizinhos e familiares têm conhecimento de seu talento.
Quem é o artista
O soldado Rony Anderson Bessa Castro, natural de Pau dos Ferros-RN, nascido a 22 de agosto de 1978, filho de CÉSAR DE BESSA CASTRO e de MARIA FRANCISCA DE BESSA CASTRO,. Ingressou na PM RN no dia 11 de novembro de 1997. Éélotado no 7º Batalhão de Polícia Militar e presta serviços na 4ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Pau dos Ferros. Na corporação é conhecido pela simpatia e a cordialidade que trata a todos.
É graduado em Letras, pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), e atualmente está cursando o 2º Período do Curso de Biomedicina, na Faculdade Integrada de Patos, na Paraíba (PB). Trabalha durante o dia em Pau dos Ferros entregando intimações e à noite se dedica aos estudos na Paraíba.
É casado e tem uma filha. Mora no bairro São Benedito, perto do Centro de Pau dos Ferros. O seu atelier é a área e a varanda da própria casa. Aproveita a luz refletida nas paredes para transpor para as telas. Diz que pretende no futuro fazer um curso de pintura e se aprofundar, fazer o que Fricote fez.
O soldado Rony Anderson Bessa Castro, natural de Pau dos Ferros-RN, nascido a 22 de agosto de 1978, filho de CÉSAR DE BESSA CASTRO e de MARIA FRANCISCA DE BESSA CASTRO,. Ingressou na PM RN no dia 11 de novembro de 1997. Éélotado no 7º Batalhão de Polícia Militar e presta serviços na 4ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Pau dos Ferros. Na corporação é conhecido pela simpatia e a cordialidade que trata a todos.
É graduado em Letras, pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), e atualmente está cursando o 2º Período do Curso de Biomedicina, na Faculdade Integrada de Patos, na Paraíba (PB). Trabalha durante o dia em Pau dos Ferros entregando intimações e à noite se dedica aos estudos na Paraíba.
É casado e tem uma filha. Mora no bairro São Benedito, perto do Centro de Pau dos Ferros. O seu atelier é a área e a varanda da própria casa. Aproveita a luz refletida nas paredes para transpor para as telas. Diz que pretende no futuro fazer um curso de pintura e se aprofundar, fazer o que Fricote fez.
FONTE: JORNAL DE FATO, EDITADO NA CIDADE DE MOSSORÓ E PORTAL OESTE NEWS
Nenhum comentário:
Postar um comentário